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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Sobre Paganismo, Bruxaria e outros adendos...




O que é paganismo? O que é bruxaria? 

Paganismo é toda e qualquer crença não cristã.
O termo pagão significa “homem do campo” de origem.
Após o período que surgiu o cristianismo, foi adotado o termo para nomear pessoas que não seguiam essa fé.

Bruxos são pagãos?
Sim, em sua maioria, devido ao conhecimento envolvido e às práticas. Mas não é uma regra, todo ser é livre (por favor não confunda isso com “posso fazer o que quiser, que são coisas diferentes”).
Mas Calidora, não entendi nada agora…
Então, vamos entender o que é bruxaria.
Não, não é Harry Potter, nem D&D, nem sacrifício de virgens em cemitérios.
É um ofício exercido pela bruxa ou bruxo para si, para os outros, para o mundo ou para o Universo.

O que é um ofício?
É uma função executada por uma pessoa que possui a combinação entre conhecimento, talento, instrução e técnica em determinada coisa, diferente de profissão, que é a função que exercemos para produção de algo dentro da sociedade.
A pessoa que pratica a bruxaria tem a função de manipular energias somadas à instrumentos, ferramentas e ingredientes catalizadores para chegar num determinado fim.
Exemplo: a Cristina, toda vez que chega na casa da amiga sente muito sono e sai de lá cansada. Não é cansaço físico, pois ela não fez nada para que ficasse assim, mas procura uma amiga bruxa para pedir ajuda. Cristina é orientada a se proteger e indicada usar cristais e banho de ervas para auxiliar no seu bem-estar, proteger das energias densas e não traz essa “sujeira” para casa. Cristina se sente melhor com as visitas e notou que a amiga também precisava de ajuda e pode fazer algo para melhorar a vibração como um todo.
Perceberam a abrangência?
Como algo feito com dedicação, carinho e responsabilidade pode mudar as coisas?
Notaram a proporção que tomou?
Pois bem, esse é um exemplo prático do que bruxos fazem, tanto para os outros como para si.
E de acordo com sua crença, seus dons e seu modo de trabalhar também pode ser diferente, mas sempre com o propósito de auxiliar, dar suporte, orientar, aconselhar e várias outras coisas.
Entendeu que nem sempre o pagão é bruxo e nem sempre o bruxo é pagão?

Ah e só existe a Wicca como religião pagã?
Não. Existe o Ásatru, o Kemetismo, o Helenismo, Candomblé, Druidismo entre outros.
O Ásatru é a religião neo-pagã que cultua e segue os Deuses nórdicos, como os Kemetistas são com os Deuses Egípcios e os Helênicos com os gregos. O Candomblé é uma religião totêmica de matriz africana. E o Druidismo tem sua origem com os celtas.

É, e você acreditava que as coisas poderiam ser tão grandes assim?
E seu ego ainda vai dizer que a sua crença ainda é única e verdadeira?

Aí que mora o respeito e a união, pode não ter a mesma vertente, o mesmo modo de trabalho, cultuar os mesmos deuses, mas se agirmos como pessoas que tem bom senso, maturidade e responsabilidade, amor e fé, podemos mudar pequenos mundos e fazer de nossa existência algo transformador!

Saudações.

-Calidora S.

Por que tanto estudo? Por que tantos livros?



Por que tanto estudo? Por que tantos livros?

A bruxaria é um ofício que não tem como aprender na escola (sinceramente até tem uns cursos por aí, mas eu não confio… aí é outro assunto) e o conhecimento é passado de diversas formas.
A maneira do bruxo “trabalhar” está atrelada à crença que ele segue e é necessário entendermos a sociedade que viveu na época para entender a crença e onde encontramos isso? Livros!
Autores que dividem suas experiências e aprendizados, pesquisadores que publicam suas teses, teorias e descobertas, simples pessoas que se inspiram na magia para compartilhar histórias… Pessoas que publicam livros tem responsabilidade em divulgar as informações dando credibilidade à elas com suas assinaturas.

Mas e a internet?
Um ótimo lugar, com muita gente boa (veja nosso post sobre indicações sobre sites seguros de serviços e produtos), mas é necessário muito cuidado pois qualquer pessoa cria um blog ou uma página no face e, não sei se é feliz ou infelizmente, a bruxaria não é algo exato como uma ciência, também não temos textos para seguirmos.
Então, eis mais um motivo para tanto estudo.
Ler algo em algum lugar, ler em outro e, dentro do nosso entendimento e pensamento (com discernimento, por favor heim), criar ligações lógicas entre os textos e ver, nessas conexões, o que é válido ou não.
Cuidado com discrepâncias!
Milagres demais, fantasia, glitter, sempre nos confundem e mascaram intenções não tão boas.
É como sempre digo: conhecimento nos afasta da ignorância e nos deixa longe da ilusão e da mentira.

Me disponibilizo para auxiliar quem precisar.

Eis meu contato:
Whats: manda inbox que eu passo. ;)

É sozinha? O que pode ou não pode fazer fazer?



É sozinha? O que pode ou não pode fazer fazer?

Ser solitário e sozinho não é ruim, é a maneira mais comum de organização de bruxos que existe.
Mas quando praticamos com outras pessoas percebemos a diferença e certa liberdade em algumas atividades como meditação guiada ou qualquer prática que haja necessidade de alteração de consciência.
Quando fazemos um rito ou celebração e a gente quem guia, é necessário concentração e consciência para ter controle e discernimento para que todos fiquem seguros e a prática ocorra com harmonia e segurança.
Em contra partida, quando você não é quem guia a prática pode se soltar mais para se permitir descobrir os limites e proporcionar autoconhecimento, pois tem alguém que pode te puxar de volta.
O que é indicado fazer sozinho: atividades que sabemos onde é nosso limite e conseguimos voltar. Meditação com prática anterior, oráculos, feitiços, banhos e celebrações.
O que não é indicado fazer sozinho: regressão, meditação profunda, interação com espíritos e entidades, manipulação com instrumentos cortantes/perfurantes, álcool, fogo e uso de ervas para alteração do estado de consciência.
Lembrando que você e eu, todo nós, somos livres para fazer o que quisermos, mas aqui tem sugestões e indicações para maior aproveitamento das práticas mágicas.

Saudações.

-Calidora S.


A magia é branca ou negra?



A magia é branca ou negra?

Muita gente já ouviu falar nesses termos, certo? 
A branca seria boa e a negra seria a ruim, vindo da lógica o conceito de dualidade, bem e mal, certo e errado.
Como lidar com isso na bruxaria? 
Primeiramente vamos entender a visão de certo e errado. De acordo com a ética, o que é certo é relativo de pessoa para pessoa passando pelo senso comum de acordo com a sociedade e cultura que se vive.
Exemplo: no Brasil é comum e certo usarmos shorts e saias mostrando as pernas, mas em países do Oriente médio isso é errado e imoral. 
Na visão da bruxaria o certo é respeitamos todas as formas de vida, logo, matar sem propósito de alimentação ou defesa é errado. 
Os dogmas também variam de crença pra crença dentro do paganismo. 
Na Wicca, citando um exemplo, existe a lei do retorno e a lei tríplice. Essas leis auxiliam o wiccano a não fazer com os outros o que não quer para si, exercendo um julgamento particular e responsável. 
Na fé nórdica existem valores ensinados pelos Deuses como honra, lealdade e vários outros, sem o medo incitado com o termo "se não fizer o que queremos vai para o inferno". Nesse caso há quem tema a fúria dos Deuses ou quem tenha responsabilidade nos seus atos, não transferindo a culpa dos seus erros à outra coisa e fazendo com que as atitudes mostrem diariamente a vivência da fé. 
Entendendo isso, vamos aplicar à magia, sendo ela uma prática comum de quem é bruxo. Partindo do princípio que influenciamos nossa vida e a vida de outros, o conceito de bem e mal também é relativo, logo, a magia não tem cor.
Eu, particularmente, vejo a magia como uma faca: você pode fazer um belo de um rango com ela ou matar alguém, o que muda é o propósito que é feita e a forma que é usada. 
Então, bruxedos, criem o hábito de pensar bem antes de fazer algo. 
Pare, respire e depois vá pro caldeirão. 
Independente da cor, use com sabedoria!

Saudações.

-Calidora S.

Chá para Energia




1incenso de girassol
3 xic de açúcar
2 colh sopa de gengibre em lâminas (descascado e cortado)
1 colher de sopa de canela em pau ou 2 colheres de chá de canela em pau
3 colheres de sopa cheias de mate torrado
1 litro de água. 

Acenda o incenso de girassol ativando as propriedades mágicas dele dizendo: que as propriedades mágicas desse incenso com o girassol sejam ativadas em nome dos Deuses (ou falar o nome do seu deus de culto ou até algum deus de energia como Tyr ou Thor). 

Coloque o açúcar na panela e derreta até formar um caramelo claro. 

 

Adicione o gengibre e a canela, mexa bem até subir aquele cheiro no ar.  


Acrescente a água mexendo bem e deixe ferver. 


Acrescente o mate e deixe mais 5 minutos. 



Com o chá pronto, passe o incenso sobre e ao redor do líquido e diga: eu ativo aqui suas propriedades mágicas e que Tyr (ou Thor ou qualquer Deus de seu culto que tenha a ver com energia e vigor) coloque aqui sua força, abençoando o filho que beber deste líquido. Hail!

Confira aqui as propriedades mágicas das ervas utilizadas
Saudações.

- Calidora S.

Torradas Mágicas da Alegria



Torradas da alegria

4 Paes amanhecidos
2 colheres de sopa de margarina com sal
1 colher de sopa de alecrim (se fresco coloque a colher rasa, se seco coloque uma colher mais generosa)
1 incenso de alecrim

Acenda o incenso e peça aos Deuses, com suas palavras que, quem comer essas torradas fique com o coração mais leve e permita alegria em sua vida. 
Corte os pães em rodelas e coloque em uma assadeira.  
Numa frigideira coloque a margarina e o alecrim levando ao fogo até derreter e, quando subir aquele cheirinho da erva, desligue e despeje essa mistura nos pães.
Coloque em forno pré aquecido à 200°C por uns 15 minutos ou até dar uma amareladinha nos pães.
Delicinha! :) 

- Calidora S.

O Altar




O altar

O altar é a representação da crença e da fé de uma bruxa(o). É um local sagrado que praticamos a magia, usamos para sentir e conversar com os Deuses, onde deixamos/fazemos os feitiços e depositamos oferendas.
Cada crença tem suas regras do altar como a Wicca pede que seja posicionado ao norte com determinadas representações dos elementos e dos Deuses. Na Bruxaria Natural pede ferramentas mais “in natura” possível. No Asatru (neo paganismo nórdico) ele é móvel, podendo ser “erguido” nos blóts (ritos) ou também pode deixar já montado, ficando à critério do heathen.
O meu, por exemplo, é livre, não tem posição fixa na casa, tem múltiplos instrumentos de uso comum, estatuetas dos Deuses e itens que quero que tenham as bênçãos dos Deuses, oferendas ou algum oráculo que queiramos energizar.
Pode ser de três tipos: altar pessoal, altar comum ou altar específico.
O Altar pessoal tudo é limpo e consagrado pela bruxa(o) e ali tem somente sua energia, não podendo haver o toque ou manipulação de utro. As ferramentas e instrumentos são pessoais, únicos e só é colocado algo novo após a limpeza e consagração do “dono” do altar.
No altar “da casa”, como costumo chamar o altar comum, é diferente. É livre, todos os moradores/membros da casa/grupo;coven/kindred podem tocar, colocar e tirar itens, oferendas, instrumentos (de uso comum). Não recomendo partilhar ali ferramentas de uso próprio como oráculos, por exemplo, pois são ferramentas pessoais e que podem ser influenciadas com a energia de outro (obviamente ainda havendo suas exceções, pois conheço pessoas que até pedem para que o consulente toque o oráculo para facilitar a interação das energias, criando vínculo entre o interprete e o consulente, mas isso é bem pessoal, fica à critério de cada um).
O altar específico trata de um tipo mais focado como um Deus, Deuses de um mesmo panteão que “se dão bem” (sim, é necessário estudar pois tem Deuses que não se dão bem com outros, ponto de atenção nisso), elementos ou elementais, guias espirituais, ancestrais, etc... Nesse tipo de altar é necessário, como já disse antes e vou reforçar, o estudo. Existem além dos Deuses que “não se dão bem”, energias que não batem uma com a outra, ver o que aquele ser mais gosta que possa ser colocado no altar, como, por exemplo, Frigg, que adora bolos, flores e frutas... Freyja que adora pedras belas, flores cheirosas... Hecate que gosta de alho e alguns grãos... Elemento ar que gosta de sinos e incensos, fogo que gosta de velas, água que gosta de conchas ou potinhos com água dentro. Veja bem o que pode ser colocado porque qualquer erro pode, ao invés de atrair a atenção daquele ser, pode causar sua aversão ou até ira, dependendo do que for.

Instrumentos que podem ou não estar no altar:


Cálice
 Uma das representações da Deusa no altar. Serve para abrigar o vinho ou água para a cerimonia e divide o líquido do brinde aos Deuses entre os membros. Pode ser de qualquer material e ornamentado (ou não) da maneira que quiser.

Caldeirão
 Representa o ventre da Deusa. Usado para abrigar oferendas à Ela, queimar ervas, cozer poções, preparar banhos ou outros líquidos. Cada utilização é indicada um caldeirão diferente como ter um para queima e outro para cozinhar, por exemplo.
Os de ferro tem um tratamento especial que, após o uso, deve ser bem lavado, enxaguado e colocado no Para quem não tem caldeirão tem outras opções como utilizar panelas de alumínio, de vidro (preparado e especial q suportam altas temperaturas) ou panelas de barro tratado, que também suportem altas temperaturas.

Vaso do sacrifício/oferenda
 Esse vaso tem como receber oferendas, brindes e presentes aos Deuses. Pode ser de qualquer material, mas se quiser queimar, escolha um material que suporte o calor.

Punhal/Athame
É Um punhal cerimonial, sem Fio, que geralmente tem o tamanho da lâmina do início do dedo médio até o fim da palma com o cabo escuro e ornamentado à critério do usuário. Usado como representação do deus e do falo, também é usado como ferramenta para traçar círculos mágicos e símbolos nos elementos e em feitiços.

Espada machado bastão faca
Arma usada pelo "dono da casa" para proteger o local. Utilizada pelos cultos nórdicos ancestrais, tem a intenção na prática da fé de proteger o lar e oferecer aos Deuses como forma de lealdade. Não é necessariamente usado nos tempos atuais, mas na ritualística tem seu valor e não tem regra quanto ao tamanho ou aparência.

Boline
Faquinha curta, com lâmina pequena e cabo claro, usada para cortar ervas ou o que precisar entalhar símbolos, nomes ou o que mais precisar em velas, argila, frutas, madeira, etc...

Varinha
 Instrumento utilizado para direcionar energia para vários fins como cura, transmutação, banimento e potencialização. Pode ser feita de vários tipos de madeira e ornamentada com ervas e cristais que potencializam o efeito dela.

Cajado/bastão
Tem a mesma função da varinha só que de tamanho maior.

Vassoura
Serve para varrer energias negativas limpando o plano astral pela prática no físico. Se deixada na entrada de casa ajuda na proteção do local. Suas cerdas podem ser feitas de várias ervas para auxiliar no propósito de limpeza como arruda, alecrim e palha de erva de são Jorge desfiada. O cabo é livre e pode ser adornado com ervas, cristais, fitas coloridas e o que mais desejar. Pode até pingar óleos essenciais para consagrar e limpar a vassoura.

Pentáculo
Estrela de cinco pontas que representam aos 4 elementos e o espírito/éter. Feito de qualquer material e pode até ser feito por você mesmo.

Sino
Representação do elemento ar. 
O som chama atenção dos silfos e se tocado de forma vigorosa afasta maus espíritos. 

Incenso
Usado como representação do elemento ar no altar, como oferenda e também utilizado de acordo com suas propriedades. Algumas pessoas utilizam como indução de estado alterado de consciência.

Vela
Instrumento que representa o elemento fogo no altar. Alguns bruxedos acendem também velas durante a invocação da deusa e do deus no início dos seus ritos. Para a representação do fogo usamos a cor vermelha/laranja, a água usamos o azul, ar é o branco é a terra é verde ou marrom. Atenha-se que, em alguns sabás, usam cores na representação dos Deuses variando de estação e temática. 

Sal
Representação do elemento terra e, se salpicado ao redor de uma área ou círculo mágico. Protege o local de espíritos de baixa vibração. 

Cristais
Também representam o elemento terra no altar e auxiliam com suas propriedades mágicas de acordo com a necessidade e efeitos desejados. 

Pote de água/Conchas
Representação do elemento água. 

Chifre Cerimonial
Utilizado pelos nórdicos durante o brinde com os Deuses para dividir com eles durante as celebrações.



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Saudações!

Calidora S.