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sábado, 12 de maio de 2018

O vazio do dia das mães.



O dia das mães nem sempre é essa alegria toda para algumas pessoas.
Nem todos nós temos mães.
Óbvio que já tivemos um dia, se não entraríamos na conversa do "quem veio primeiro: o ovo ou a galinha", mas o que quero dizer é que nem todos nós temos mães vivas, encarnadas ao nosso lado.

Como nós ficamos?

É.
Dói.
Sim, eu passei por isso duas vezes.
A primeira foi com minha mãe biológica (com 7 anos) e a segunda foi com a mãe de criação (que era minha avó materna, eu tinha 14 anos), então, queridos, eu sei como dói e eu sei como vocês se sentem.

Na hora a ficha não cai.
O tempo passa, a saudade aperta, o coração dói.
Parece que a gente vai explodir.
Muitos de nós temos a sensação que perdemos o chão, que os Deuses nos levem junto, pensamos.
Surgem medos, sensações. Nosso parâmetro foi embora, resta aqui um grande vazio.

Pra quem perde a mãe um pouco mais velho, não diminuo a dor, jamais, mas é um ciclo da vida, da natureza. Se temos a vida já encaminhada, com família, filhos, esposa, a sensação de "sem chão" é menos pior.
Em alguns casos, descansa a mãe, descansa a família.

Somos muito diferentes, lidamos com a dor da perda de maneiras diferentes também, mas uma coisa é certa: a morte é a única certeza que temos nessa vida.
Entre um ponto e outro é a parte que a gente vive e, pra morrer, basta estar vivo.

Tá, mas vamos ao que interessa.

A dor do luto é extremamente importante.
Cada um tem seu tempo, entender e respeitar é o grande lance nisso tudo.
Nós precisamos entender isso em nós, não só sobre esse assunto, mas sobre vários.
Sermos gentis com nós mesmos.
Não tem um tempo certo pro luto passar. Como tem situações e situações de morte como falei ali em cima, tem outros fatores que podem complicar essa fase e transformar em algo que precise de mais atenção, como depressão ou o chamado "luto complicado".
Não vou me aprofundar muito no assunto porque envolvem estudos psiquiátricos e psicológicos sobre, como sou bruxa e não psicóloga, vou deixar um link com a fonte para entenderem melhor sobre.
https://drauziovarella.uol.com.br/geral/quando-o-luto-se-transforma-em-doenca/
Resumindo: busquem ajuda quando a coisa ficar feia. Ajuda profissional, de gente séria.

Entendemos sobre essa fase? Ok, vamos prosseguir.

Em nossos corações passam anos, décadas e a dor continua, então eu vou deixar pra vocês um rito que eu gosto muito e que fiz no dia de finados do ano passado e farei no dia das mães esse ano (e faço quando sinto no meu coração que preciso ou que sonho com algum antepassado falecido):
http://magiaecletica.blogspot.com.br/2017/11/dia-2-de-novembro-e-dia-de-finados.html

Muitos de nós sentimos mais a dor do que o próprio espírito que se foi, por isso que a ritualística nesse caso (junto, acima de tudo, com a intenção, necessidade e sentimento) é importante para nosso próprio processo de cura.
Se sentir em seu coração que precisa fazer algo pra lidar com essa dor (sim, lide com a dor, é necessário para a compreensão e a cura da mesma) faça.

Monte uma mesa, coloque uma foto bonita, acenda uma vela, incensos, ofereça uma bebida que a mãe gostava, uma comidinha, um bolo.
Escreva uma carta como se estivesse escrevendo pra ela.
Coloca tudo ali... Coloca o motivo de estar fazendo isso, coloca como está a vida atualmente, conte novidades, dê risada, chore, fala que sente saudades e que o amor é eterno em seu coração.
Saiba separar. Entenda a liberdade do espírito dos seres.
Muitos de nós cultuam a natureza e, o entendimento também inclui saber lidar com a morte, que faz parte da natureza e seus ciclos.
A única coisa que não podemos é lidar com isso de uma forma apegada, querer que a pessoa fique a vida inteira dela ao nosso lado.
Lembre com amor, das coisas boas, dos sorrisos.
A convivência não foi boa? Perdoe. Já passou. É pro seu bem, pra não doer dentro de você em momento algum.
Quando a vela estiver acesa queime a carta.
Pede pro fogo, elemento transmutador, levar essas palavras e esse amor junto à esse espírito que foi tão importante para você.
Deixa queimar. Deixa o amor ir junto.

Agora olhe ao seu redor.
Respira e segue.
Tem filhos? Tem avó? Conhece alguma mãe legal que se sente à vontade?
Vida que segue, bruxedo.
Vamos ser mães, vamos curtir outras mães, afinal, estamos vivos e vivendo o presente. Façamos isso da melhor forma possível, ok?
Dê risada, dê abraço, ajuda a filhota a fazer um cartão maneiro pra mamãe dela... Enfim, arruma uma maneira de fazer uma mãe sorrir, porque, olha, é difícil ser mãe.

E pra você, mamãe que tá aí, feliz todo dia.
Todo dia de saúde e prosperidade.
Todo dia de filhos correndo e amando.
Todo dia de força ao levantar mesmo sabendo que o dia vai ser corrido e que, no final, você estará louca, descabelada e cansada.
Tenha orgulho e consciência de ser quem é e que faz o que pode fazer.
Seja gentil consigo mesma!

Enfim.
É isso.

-Calidora S.


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domingo, 6 de maio de 2018

Dançando nas sombras e colocando o dedo na ferida.




Ontem teve o evento em São Paulo, capital, né?
Na volta, ganhei carona da Sônia e do seu esposo, e, refleti sobre o que ela me disse: Nós temos que nos enxergar como somos, até as coisas que não gostamos em nós.
Daí refleti sobre muitas coisas, conversei com a Aline, a Glanz me mandou uma música (da Pitty, a Máscara), tudo grudou aqui e vou dividir com vocês:

Enxergue quem você é realmente.
Desmonte, desfaça, desconstrua e olhe, sem medo.
Você mente, você chora, você se sente fraco, sozinho, você deseja outro, você sente inveja, você é podre sim!
Quase ninguém assume, quase ninguém acessa por medo.
Mas vou te contar um segredo: todo mundo é assim, até você.
Sabe o que seria menos pior?
Se você fosse verdadeiro e assumisse esse lado, por honestidade consigo mesmo, em primeira instância (e a que realmente importa).
Quando nos conhecemos e assumimos o que somos as coisas são mais simples, menos difíceis ou complicadas.
Usar a máscara dá trabalho, dói. No começo não machuca mas depois de um tempo é como uma pedra no sapato.
A socidade não ajuda e não está preparada pra isso, mas algumas pessoas ao nosso redor podem lidar com isso e é pra elas que podemos nos abrir.
Se não tem ninguém que vá te ouvir e/ou apoiar, não importa, você tem você.

Sabendo disso tem uma consequência incrível: aprender a dizer não.
É libertador! Melhor ainda quando você diz junto: porque não quero/quis/queria. 
É como um grito preso na garganta que saiu e te deixou rouco. 

Se tem alguém que convive com você ou que divide essa mesma existência, essa pessoa vai te agradecer pela transparência se ela souber te respeitar.
Agora, se não respeitar, por favor, né? Nem preciso falar mais...

Então é isso aí.

-Calidora S.

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